Secretaria Municipal de Cultura

Prefeitura de São Luís abre Cidade do Carnaval com presença de milhares de foliões que se divertiram ao som de Joelma e de artistas locais

21/01/2024 18h41 - Atualizada em 09/02/2024 14h11
Secom

Milhares de foliões lotaram a Cidade do Carnaval na noite de estreia do circuito inédito criado pela Prefeitura de São Luís para incrementar os sábados que antecedem o período oficial da folia momesca na capital maranhense.

Os foliões deram a nota máxima para o espaço do centro da cidade que engloba a área lateral do Terminal da Integração, trecho da Avenida Senador Vitorino Freire e Praça das Mercês. O primeiro dia foi ao som da cantora Joelma, que incendiou o público que também se divertiu com atrações locais.

“Nossa intenção é justamente essa, ou seja, que a população ludovicense e os turistas se divirtam a valer com segurança em um espaço organizado e ao som das nossas atrações locais e dos convidados nacionais. Com a experiência da noite de hoje, já vamos analisar os pontos que precisarão ser melhorados dentro da Cidade do Carnaval para que tudo fique ainda melhor, pois no próximo sábado tem mais festa. Agradeço a todos aqueles que fazem parte da organização deste grande evento, que já é um sucesso”, disse o prefeito Eduardo Braide, acompanhado da primeira-dama, Graziela Braide, e da vice-prefeita Esmênia Miranda e de secretários municipais.

A programação, que começou na tarde/noite de sábado (20), terá continuidade nos dias 27 de janeiro e 3 de fevereiro, bem como ao longo do período oficial de folia. A Prefeitura já confirmou a presença do DJ Pedro Sampaio, que fará show no próximo sábado (27); Olodum, para o dia 11 de fevereiro, e Iguinho e Lulinha, dia 13 de fevereiro. Nos próximos dias, outras atrações serão divulgadas.

A largada foi em grande estilo. Além do show arrebatador da cantora Joelma, o público correu atrás do trio elétrico, acompanhou a batida cadenciada dos blocos tradicionais, dançou muito reggae de raiz e entrou no túnel do tempo com flashback dos anos 1990.

Os foliões começaram a desembarcar na Cidade do Carnaval por volta das 17h e, além da arena principal, onde foi montado um grande palco, se dividiram entre o Palco Multicultural, que recebeu os blocos tradicionais Os Guardiões e Príncipe de Roma, a tenda Hot Space, comandada pelos DJs Júnior Pulga, Claudinho Polary, Mauro Dejota e Henrique de Carvalho, e o Espaço Reggae, animado pelos DJ Junior Racha e Diego Qualidade.

Um trecho da Avenida Senador Vitorino Freire virou um corredor de folia. Do alto do trio elétrico, o cantor Bruno Shinoda agitou geral com repertório atual e músicas de outros Carnavais. “Foi lindo, São Luís! Agradeço imensamente ao prefeito Eduardo Braide por valorizar os artistas da terra e nos colocar literalmente lá em cima, no alto do trio elétrico para mostrar o nosso trabalho. Isso para um artista é algo extremamente marcante e gratificante. Muito obrigado!”, disse Bruno Shinoda, ao descer do trio.

Bicho Terra

O Bicho Terra incendiou o tapete de gente que se formou em frente ao palco, cantando em alto e bom som as canções que já são a cara do Carnaval maranhense.

"Essa Cidade do Carnaval é tudo de bom. Que ideia nota dez! Eu amei e virei todas as vezes que tiver. Hoje, vim com a intenção de extravasar e relaxar, pois tenho trabalhado bastante e mereço", disse a falante e extrovertida estudante Rânia Teixeira.

Joelma

Era o esquenta para a atração mais esperada da noite, que aterrissou na Cidade do Carnaval por volta das 22h. Vestida de vermelho, Joelma surgiu no palco de mãos dadas com o prefeito Eduardo Braide, agradecendo o convite que a trouxe mais uma vez à Ilha do Amor para retribuir o carinho dos milhares de fãs que conquistou na cidade.

“Um grande prazer estar novamente aqui em São Luís. Eu amo esta cidade e sempre falo que todo mundo deveria conhecer o Maranhão, principalmente os Lençóis Maranhenses, que é uma coisa de outro mundo. Obrigado ao prefeito Eduardo Braide por realizar essa grande festa popular”, disse Joelma.

Como já era esperado, o termômetro da apresentação foi às alturas. A ‘Musa do Tacacá’ elevou a temperatura da Cidade do Carnaval logo na música de abertura, “Não, não”, um grande sucesso da banda Calypso, em uma homenagem ao Estado do Pará, terra natal da artista.

A numerosa plateia cantou e dançou o tempo inteiro com Joelma, que rodopiou, fez acrobacias com os bailarinos e trocou duas vezes de figurino. Dois telões gigantes mostraram detalhes das coreografias e as reações do público lá embaixo.

Joelma ficou bem à vontade e arrancou gritos ao avançar para a passarela para poder ficar bem mais pertinho dos fãs. Além de ludovicenses, tinha gente de diferentes cidades do Brasil, bem como visitantes estrangeiros que já se encontravam na Jamaica Brasileira.

A vice-prefeita, Esmênia Miranda, era uma das mais animadas. Ela disse que o objetivo da Cidade do Carnaval é atender aos diferentes gostos do público.

“O que nos leva a chamar a Cidade do Carnaval também de Cidade da Diversidade, contemplando vários ritmos musicais, com apresentações no formato de trio e palco, incluindo espaços dedicados aos blocos tradicionais e afros, o que significa que temos uma proposta bastante democrática”, disse Esmênia Miranda.

O secretário municipal de Cultura, Marcos Duailibe, antecipou que a estrutura ainda ganhará palcos para contemplar as religiões de matriz africana e o rock, com a apresentação de dez bandas do gênero no dia 3 de fevereiro. Entre outras coisas, ele destacou que o prefeito Eduardo Braide fez questão de organizar um espaço que agradasse e proporcionasse acesso a todos os públicos.

“É o melhor, com todos os foliões se divertindo com segurança. Outro ponto importante é que um evento como esse é uma grande oportunidade para quem busca também uma renda extra trabalhando no comércio informal, que estamos chamando de comércio legal. Ou seja, é uma festa completa e convidamos a população para se divertir com tranquilidade, segurança e muita alegria”, disse Marcos Duailibe.

A festa é realmente um prato cheio para os ambulantes, que podem faturar com a venda de bebida, comida e artigos típicos da época. Kátia Aguiar, moradora do São Raimundo, posicionou sua barraca de churrasquinho em um ponto estratégico da Cidade do Carnaval e revelou sua alta expectativa para as vendas.

“Estou muito confiante e espero vender 200 espetos por noite. Este pré-Carnaval vai ser um teste para eu ver como vai ser no período oficial. Além disso, vou arrecadar mais dinheiro para poder comprar mais mercadoria e vender em fevereiro”, contou a ambulante.

Reggae e música eletrônica

Entre os diversos espaços, a tenda Hot Space homenageou a música eletrônica. O DJ Junior Pulga abriu a pista de dança.

“É maravilhoso ver a Prefeitura de São Luís abraçando essa diversidade e trazendo música eletrônica para as pessoas. E é crucial, porque há muita gente que não curte apenas os estilos tradicionais do Carnaval. O pessoal aproveitou bastante, e a Prefeitura, com a ideia dessa tenda, está de parabéns”, enfatizou.

Em seguida, o projeto Hot Mix assumiu o controle da tenda, com os DJs Claudinho Polary, Mauro Dejota e Henrique Carvalho sintonizando o público com hits da década de 1990.

“A Hot Mix tem uma história que esse ano completa 30 anos. E estamos sendo agraciados com o ‘sim’ do poder público de reconhecer o que a gente vem fazendo nas pistas de dança desde 1993”, pontuou Claudinho Polary.

Fã de flashback, Dila Nunes aproveitou a festa do começo ao fim. “Eu sou apaixonada pelo Hot Mix há anos, amo o DJ Polary. Minha juventude foi acompanhando o som deles. Estou aqui muito feliz. A festa está incrível", declarou a dona de casa.

Enquanto isso, no espaço Reggae, o tom era dado pelos DJs Diego Qualidade e Júnior Racha, proporcionando uma experiência única para os adeptos do ritmo jamaicano. Na multidão, estava Rogério Oliveira, imerso nas “pedras de responsa”. “

As batidas marcantes do reggae realmente fazem a diferença. Estou aqui para desfrutar de cada momento”.

O Espaço Reggae não apenas proporciona uma atmosfera musical cativante para os amantes do estilo, mas também reforça a identidade cultural de São Luís como um epicentro do reggae no Brasil.

“Eu acho uma sacada muito massa, pois agrega todo mundo. São Luís respira reggae e quem vem conhecer a cidade já vem com aquela intenção de curtir o estilo, principalmente porque aqui é a capital nacional do reggae. É um trabalho maravilhoso ter um espaço dedicado ao público que ama reggae e também para aqueles que ainda não conhecem, mas passam a apreciar graças a esse ambiente, enxergando o estilo com outros olhos. O prefeito está de parabéns”, salientou o DJ Júnior Racha.

Segurança e trânsito

O público que lotou a Cidade do Carnaval observou uma grande estrutura ao seu redor, incluindo posto médico, praça de alimentação, espaço do turismo, espaço acessível, camarote institucional e demais serviços coordenados por secretarias e órgãos municipais. Quem participou da festa, também percebeu que bebidas armazenadas em garrafas e vasilhames de vidro não puderam ser comercializadas, por uma questão de segurança, determinação que valerá até o dia 19 de fevereiro.

A segurança foi reforçada com barreiras para revista, central de videomonitoramento, efetivos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Militar, Guarda Municipal, Blitz Urbana, segurança privada e bombeiros civis. A Guarda Municipal atuou com 150 guardas, 15 viaturas, um ônibus para videomonitoramento e cinco motos.

Pontos de interdição no trânsito e controle de desvio de fluxo contribuíram para a fluidez do trânsito. Na Avenida Senador Vitorino Freire, a interdição no sentido bairro-centro iniciou em frente ao Subway e no sentido centro-bairro, em frente à Caema. Houve interdição também nos pontos de acesso às vias da região da Praça Maria Aragão. A Avenida Beira-Mar e a Rua Barão de Itapary ficaram livres de veículos. Ruas do Centro Histórico, como Estrela e Giz, ficaram condicionadas a mão única.

O Terminal de Integração da Praia Grande ficou desativado durante toda a festa, voltando a funcionar na manhã deste domingo (21). Um terminal temporário funcionou na Fonte do Bispo, com direito à integração temporal, que garantiu que o bilhete único tivesse validade de três horas.