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Histórias de amor das mães da rede municipal de ensino da Prefeitura de São Luís 

Por Redação Agência (SECOM)

Despertar muito cedo, preparar o café da manhã, acordar os filhos, organizar material da escola, acompanhar as aulas remotas, ajudar na realização das atividades. Assim começa o dia de muitas mães com filhos em idade escolar. Em meio à pandemia, muitas acumulam os cuidados com organização da casa, a rotina de serviço em home office ou nos seus locais de trabalho e a responsabilidade de assegurar que os filhos participem das atividades da escola no sistema de ensino remoto. 

Na rede municipal de ensino de São Luís, as mães têm sido importantes parceiras no processo de ensino e aprendizagem, pois na maioria das vezes, são elas que estão do lado dos filhos acompanhando, estimulando, ensinando e inspirando-os a não desistir.Dinalva Lima da Silva é um exemplo dessa mãe presente, participativa, acolhedora e muito amorosa. Ela é mãe das estudantes da Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Tancredo Neves, Anne Karoline (13 anos) e Davyla Vitória (8 anos), e da pequena Geovana que ainda não iniciou a vida escolar. Dona de casa e com três filhas para cuidar, ela ressalta que é preciso ter equilíbrio, calma e dedicação, mas que todo esforço vale a pena. 

“Vale muito a pena participar do sucesso no aprendizado das minhas filhas. A organização do tempo é fundamental para desenvolver virtudes, autonomia e responsabilidades. É um grande desafio com tantas atividades diárias que elas recebem. Para mim, elas são prioridade, pois a educação e o aprendizado valem mais do que uma casa arrumada”, afirmou Dinalva Lima. 

O momento dos estudos não é fácil de administrar. Anne Karoline está no 5º ano do Ensino Fundamental e Davyla, no 3º ano. Além da diferença de idade das filhas, dos conteúdos de cada ano, das disciplinas, ela também precisa lidar com os momentos de desmotivação das mais velhas e com as traquinagens da filha caçula que está na fase de desenvolvimento da linguagem, da curiosidade e quer mexer em tudo que é das irmãs mais velhas. Dinalva é quem sempre acompanha as filhas todos os dias, tira as dúvidas das tarefas em casa e afirma que quando não sabe, estuda para poder ensinar. 

“Não é fácil, ainda mais num momento como esse, que tem sido desafiador, mas ao mesmo tempo muito importante, de reflexão, de amor, de empatia pelas professoras. Tem dias que minhas filhas não querem estudar. Mas nessas horas eu converso, explico e elas entendem que é importante para a vida delas. Às vezes eu não sei a matéria, então eu paro, estudo e depois eu volto para ensinar. Assim aprendemos juntas. Elas estudam e eu estudo também”, revelou.

A professora Josélia Costa, da U.E.B. Tancredo Neves, é testemunha desse amor incondicional de Dinalva pelas filhas. Josélia foi professora de Anne Karoline no 1º e no 3º ano e atualmente é professora de Davyla. Portanto, são pelo menos cinco anos acompanhando essa família. 

“Dinalva sempre me passou muita força, muita determinação, cuidado e carinho. Lembro como se fosse hoje do primeiro contato que tivemos quando Anne Karoline chegou na minha turma, com o diagnóstico de pessoa com Transtorno do Espectro Autista. E Dinalva me pediu que eu não tratasse a filha dela de forma diferente dos demais. Eu admiro muito ela, pelo cuidado que ela sempre teve, o esforço, a dedicação que foram fatores fundamentais para a evolução da filha. Desde então eu a tenho como uma mãe que é referência”, ressaltou a professora Josélia Costa.

Professora e mãe 

Quem sabe bem como é a vida de ser professora e mãe é a pedagoga Tereza Cristina Santos. Professora da rede municipal de ensino e atual coordenadora da U.E.B. Jackson Kleper Lago, ela vive se divide entre o suporte ao estudo do filho Rian dos Santos, de 13 anos, e coordenar as atividades pedagógicas do período matutino que tem uma média de 14 professores e 251 estudantes. 

A escolha pela educação teve forte influência da mãe dela, Raimunda Reis, que também foi professora e depois tornou-se servidora da Semed na área administrativa da U.E.B. Antônio Vieira. Hoje, aposentada, dona Raimunda continua sendo uma fonte de inspiração para Tereza, que lembra com carinho os momentos que acompanhava a mãe fazendo as atividades do trabalho. 

“Minha mãe era o braço direito de todos os gestores que passaram pela U.E.B. Antônio Vieira e por lá se aposentou. Eu me lembro do serviço que levava para casa, umas fichas com notas e nós sentávamos por horas para preencher. Aprendi muito com o exemplo dela. O esforço, o respeito ao outro, contribuíram sim para minha escolha profissional. Eu sempre pensei em trabalhar diretamente com pessoas. Ela sempre me deixou livre e eu escolhi a Pedagogia”, enfatizou ela. 

Com o filho Rian, ela busca passar o mesmo exemplo da mãe. Ele estuda na mesma escola em que ela trabalha, no 5º ano do Ensino Fundamental. Rian é um menino autista e, por isso, tem uma rotina repleta de atividades para estimular o desenvolvimento, a cognição e a aprendizagem. Como pedagoga, consegue identificar do ponto de vista profissional o que precisa melhorar e conta com o apoio de terapeutas e também da professora da escola. Essa parceria tem sido essencial para que Rian seja uma criança feliz e se sinta incluída na sociedade.

Sobre a relação entre a pedagogia e a maternidade, ela ressalta que ser mãe aflorou nela o sentimento de cuidar do outro, de se doar e entender melhor que cada um leva um tempo para aprender. 

“Ao longo dos anos vamos amadurecendo como profissional. A maternidade tem grande contribuição em me tornar mais sensível ao outro, a entender mais o tempo de aprendizagem das pessoas (não só dos alunos, mas dos pais também), a compartilhar experiências sobre desenvolvimento infantil e orientar no que for pertinente ao meu trabalho. A cada dia novos desafios e em meio a lágrimas e sorrisos preciso estar de pé. Ajudar meu filho, dar conta de relatórios do trabalho, atender o esposo, escrever poesia. Com muita resiliência, parceria da equipe de trabalho prossigo avante até quando Deus assim permitir”, disse Tereza Cristina. 

“Eu me sinto muito honrado de conhecer essas histórias e de poder nesse momento, no Dia das Mães, homenagear essas mulheres que têm um papel fundamental para o desenvolvimento das nossas crianças. Nós como professores e gestores da Educação, aprendemos muito com elas, com esses exemplos, e ao mesmo tempo buscamos trazer para a nossa realidade uma prática afetiva e humanizada, para a formação da cidadania dos nossos estudantes. Parabéns a todas as mães”, afirmou o secretário municipal de Educação, Marco Moura. 

Para o prefeito Eduardo Braide, são histórias como essas que incentivam a administração municipal no dia a dia. 

“Esses relatos nos emocionam e dão ainda mais força para trabalhar por uma cidade cada vez mais humana. É um trabalho árduo, mas que temos conseguido avançar de forma significativa em tão pouco tempo. E ainda que estejamos em um momento tão difícil e desafiador como é esse da pandemia, eu me uno a todas as mães ludovicenses que têm nos ajudado nessa missão de tão bem educar as nossas crianças. Que o Dia das Mães seja abençoado”, finalizou o prefeito.